Ficar. Viver a vida mais fácil, sem grandes mudanças, sem grandes apostas, mais calma, mais dócil, amansar os cavalos do destino e seguir o caminho mais previsível.
Partir. Sem saber para onde, sem saber para quê, apenas porque cá dentro há inquietação. Ser a pessoa que sou e não abdicar disso por nada. Ser só, mas ser inteiro.
Partir. Sem saber para onde, sem saber para quê, apenas porque cá dentro há inquietação. Ser a pessoa que sou e não abdicar disso por nada. Ser só, mas ser inteiro.
À partida, quase toda a gente escolheria a segunda opção, mas curiosamente quase ninguém o faz efectivamente. Pior: às vezes pensam que escolhem a segunda e nunca sairam do caminho da primeira. A segunda é bela, é a mesma dos poemas homéricos, da poesia pessoana e mundana, das lyrics que esticamos e moldamos para caberem no nosso corpo.
Mas tudo isso é ficção, lê-se nos livros.
Consegues pôr o pé aqui no chão e viver a realidade assim?
Mas tudo isso é ficção, lê-se nos livros.
Consegues pôr o pé aqui no chão e viver a realidade assim?
O QCI regressou do reino de Hades para me sussurrar esta letra ao ouvido e dizer que há pessoas que conseguem Ser sem mais nada. Mesmo que fiquem sozinhos no fim. Mesmo que o mundo os repreenda e nunca os compreenda. E essa coisa é que é linda...
1 comentário:
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
gostei muito. identifico-me com o que escreves. o partir e o ficar. o fingir que partimos.
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