13.8.09

José Cardoso Pires

Não, nisto de alguém se interrogar ao espelho, olhos nos olhos, é consoante. Tem muitos ângulos - e tu estás aí, que não me deixas mentir. Vários ângulos. Há quem procure, santa inocência, fazer um discurso de silêncio capaz de estilhaçar o vidro e há quem espere receber, por reflexo da própria imagem, algum calor animal que desconhece. Seja como for, o que dói, e assusta, e é triste e desastradamente cómico neste exercício, é o pleonasmo de si mesma em que a pessoa se transforma. Repete-se. Se bem que com feroz independência (todo o seu esforço é esse) repete-se em imagens controversas que a possam explicar.

3 comentários:

O residente disse...

Olá!

Quem fez a pintura?


(gosto das etiquetas deste blog).

Rosa disse...

Olá.
A pintura é, como te deves recordar, de Júlio Pomar e data de 1954.

(receio que as minhas etiquetas, pela subjectividade, não cumpram a sua pressuposta finalidade. mas este também não é um blog de pressupostos.)

Menina Limão disse...

grande.