6.8.08

Soneto da fidelidade

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

2 comentários:

Anónimo disse...

Não acho que a maioria não esteja atenta... Eu estou.
Vou rir Meu riso e deramar meu pranto porque toda a minha vida vou amar não importa quem, nem como...
Sempre amarei; porque o Amor é a bbase de toda a vida.
"Mesmo que não seja infinito.. Sendo infinito enquanto dure"; para mim está ótimo.
Obrigada pelo lindo Som de Vinicius e Tom Brasileiro Jobim...
Dubla embatível e com o quarteto Ci ao fundo, Melhor....
Excelente Manhã!

Anónimo disse...

"Tristeza não tem fim,
Felicidade sim."