John Lee Hooker - It serves me right to suffer
24.8.09
Note to self II
Não sou o que vivo. Sou o que escrevo.
E a angústia maior é que não sou escritora.
Assim sendo, aquilo que sou está condenado a ficar, com parcimónia, fechado dentro de mim.
E a angústia maior é que não sou escritora.
Assim sendo, aquilo que sou está condenado a ficar, com parcimónia, fechado dentro de mim.
19.8.09
13.8.09
José Cardoso Pires
Não, nisto de alguém se interrogar ao espelho, olhos nos olhos, é consoante. Tem muitos ângulos - e tu estás aí, que não me deixas mentir. Vários ângulos. Há quem procure, santa inocência, fazer um discurso de silêncio capaz de estilhaçar o vidro e há quem espere receber, por reflexo da própria imagem, algum calor animal que desconhece. Seja como for, o que dói, e assusta, e é triste e desastradamente cómico neste exercício, é o pleonasmo de si mesma em que a pessoa se transforma. Repete-se. Se bem que com feroz independência (todo o seu esforço é esse) repete-se em imagens controversas que a possam explicar.
Este meu querido mês de agosto...
Não só mas também para contrariar o marasmo que se pega às coisas em agosto, venho publicar aqui qualquer coisa. Não se pense que são apenas algumas palavras ditas ao acaso, há um propósito para esta intervenção e para esta quebra de regras das férias. Remexendo um pouco as gavetas desta casa, arejando as traças e o caruncho, verifico que muitas vezes vim para aqui, como quem põe a boca no trombone, falar das minhas mágoas (sejam elas fictícias ou reais, na verdade nem eu as distingo), pois bem, chegou o dia de apregoar a minha felicidade: sinto-me feliz.
Pronto. Está apregoada.
Bom, que se lixe. Ninguém pode negar que a depressão é bem mais criativa.
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