8.7.09

I told you when I came I was a stranger


Let's meet tomorrow if you choose
upon the shore, beneath the bridge
that they are building on some endless river
Then he leaves the platform
for the sleeping car that's warm
You realize, he's only advertising one more shelter
And it comes to you, he never was a stranger
And you say ok the bridge or someplace later.

And then sweeping up the jokers that he left behind ...

And leaning on your window sill ...

I told you when I came I was a stranger.

the poet's wife (I/2)

A vida vazia que fazia correr os dias havia parado no segundo em que se lembrou do que tinha deixado para trás. Acontecia-lhe muito: esquecer-se das pessoas que mais amava, como quem esquece o rosto com que se cruzou no elevador.

Ele estaria na estação do comboio, no destino combinado, na hora combinada, ontem, hoje e amanhã. Combinação peculiar para não destoar da peculiaridade do par. Teriam assim três dias para decidir se queriam partilhar a vida ou não. Se escolhiam o amor, ou não.

Escusado será dizer que no primeiro dia nenhum dos dois apareceu. Este era o segundo.