29.4.10

holocausto (s. m.)
1. Sacrifício em que a vítima era consumida pelo fogo.
2. A vítima oferecida em holocausto.
3. Fig. Sacrifício; imolação; expiação.

16.4.10

Ligações Perigosas, René Magritte.

11.4.10

direct you into my arms...

Jean, genie

Há rostos perfeitos. O da Jean Seberg é um deles. O da Natalie Portman também. O da Chan Marshall também pode ser, mas se dúvidas há, ela canta e atinge a perfeição. Não se trata de não terem falhas. Trata-se de serem ímans. De possuirem o equilíbrio perfeito entre as linhas, o olhar adequado, a boca extraordinariamente bem desenhada. Para mim, todas elas são pequenas Vitórias da Samotrácia que se passeiam por aí, livres dos pedestais e da quietude dos museus.

Ah, e esqueci-me de dizer, ainda que esteja implícito: dá-me um incomparável e indiscritível prazer olhá-las.

7.4.10

/ela outra vez/

/expectante/

gegen die wand | head on | contra a parede

I feel you

Your sun it shines

I feel you

Within my mind

You take me there

You take me where

The kingdom comes

You take me to

And lead me through Babylon

This is the morning of our love... It's just the dawning of our love

5.4.10

filled with secrets



Desde que li na Uncut (por conselho alheio, que não é periódico da minha lide habitual) uma entrevista ao David Lynch e ao Mark Frost a propósito da genial criatura que ambos pariram: Twin Peaks, em que admitiam a possibilidade de a misteriosa Laura Palmer ser inspirada na não menos indecifrável Marilyn Monroe, desde esse momento que a minha cabeça anda a mil! Não que eu andasse a ler tudo o que o Lynch alguma vez tenha dito sobre a série, à procura de respostas, mas, ainda que desatenta, a verdade é que nunca me tinha chegado nada que me ajudasse a compreender (melhor) a Laura Palmer. Quando li as tais palavras, e cito: The "other thing" [Twin Peaks] had one or two aspects in common with Godess*, not least a doomed blonde fated to die at the hands of duplicitous characters, algo aconteceu. Parte do meu imaginário, a parte que é habitada pelo Bob, pela Laura, pelo Leland, pelo cheiro matinal de tarte e café no Double R, entre outros pormenores estruturantes da pessoa que sou hoje, estremeceu. It can't get more from the guts, i tell you. Não é nada de muito inteligível o que tenho para dizer sobre isto. Aliás o que tenho para dizer é isto: percebi, com estas sábias mas quase triviais palavras do Lynch, que, para mim, a Marilyn e a Laura são manifestações da mesmíssima complexa, angustiada, perturbada e múltipla pessoa ... e eu nunca me tinha lembrado disso. Foda-se.


*uma biografia de Marilyn por Anthony Summers.



....she is filled with secrets...

2.4.10

Ía escrever um post, mas não posso, tenho a sopa a ferver.