30.10.08

evidence

my own private caos*

Declaro, não muito solenemente, que a partir de agora os posts deste blog vão ter etiquetas. Esta resolução surge não porque algum leitor atento me tenha pedido (imagine-se!), mas como parte de um processo de compartimentação interior a que me dedico há algum tempo. Tudo tem um ritmo e um lugar próprios. A organização chegou-me ao alpendre aos 27 anos, será que ainda vou a tempo de arrumar tudo?

Espero que não.

O meu lugar sempre foi do lado do caos.

*já agora sento-me humildemente ao lado de toda a gente que já usou este "my own private... anything" porque sou uma pessoa pouco original. uma das minhas piores qualidades é reconhecer-me constantemente nos outros.


16.10.08

your favourite darkness


Sentado na cadeira desejas tudo. Pensaste-te capaz de humanidades inteiras mas tens as mãos vazias. Olhas para trás e vês vidros atirados contra vidros partidos, vês o ruído das tuas batalhas perdidas, guerras ganhas por um coração obscuro. O cimento que te mantém de pé é o que te destrói aos poucos. És hoje aquilo que cuspiste para o lado ontem.

Ou julgas que és.

O que é que o espelho te devolve quando apagas a luz? Escuridão? Abre os olhos. Nunca deixaste de ser tu. Os anos passaram-te no desgaste epidérmico mas não te chegaram à alma. Quem julgas que és para desistires? Só aqueles que nunca rasgaram as mãos para ver as veias a vazarem o sangue é que podem desistir. Os outros ficam presos à vida por força de poemas pessoanos, timbres cohenianos e outros estupefacientes que tais. Estás aqui. Hoje. E o dia ainda nem sequer acabou.

14.10.08

Celebração do vermelho


Porque é a minha cor preferida, porque apetece-me dizer isso ao mundo e hoje em dia já não é pergunta que se faça.