Guardei as melhores memórias, calcei as luvas e levei-te pela mão como um cicerone numa casa de fantasmas. Não gostaste e choraste de raiva pelo chumbo que te atei aos pulsos para impedir que me acenasses a despedida. Querias ir embora e eu não te deixei, eras minha cativa. Contra o céu e as montanhas eras capaz de tudo, porém contra mim ficavas indefesa porque me amavas. O café de todas as manhãs era tomado sem açucar para relembrar que o doce já não existia e que a partir de agora usávamos as mãos nos bolsos e o olhar furtivo na porta em caso de fuga iminente. Não querias ir embora, eras minha cativa. O letreiro a pedir ajuda que os teus olhos desenhavam para onde quer que olhasses começou a não chegar às pessoas. O sol não nasce para ti, a aurora não é para ti, nada no mundo existe para ti. Só eu. Somos nós como sempre fomos e o sempre não acaba nunca. Deixaste a pele em sangue, arranhaste-me o rosto para conseguires esquecê-lo, mas eras tu que agora cuidavas das cicatrizes. Mudas de ideias como quem muda de canal, mas há muito que perdeste o controlo da tua mente. És minha, minha cativa.
(...)
5 comentários:
"O café de todas as manhãs era tomado sem açucar para relembrar que o doce já não existia (...)"
:)))))))
Lindo. Vim cá ter por avaria numa das hélices do meu aparelho voador e fiquei seduzido. Parabéns.
Se me permites... um beijo. Gostei mesmo.
Don't resist
We shall exist
Until the day I die
Until the day I die
All mine.......
You have to be
Bem, tal como já li, não foi a unica que cá vim ter quase por acaso... mas assim que li, fiquei completamente rendida, está simplesmente lindo, mesmo! Muitos parabéns!;)
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