Morrer-te nos braços como quem sobrevive a um pesadelo interminável.
Querer agarrar os dias à força de rédeas invisíveis que há muito escorregaram dos dedos.
As mãos já não semeam, plantam ou colhem, são estéreis como a pedra macia que me nasceu no peito.
Querer agora que passem cem anos num segundo, fechar os olhos com força e desejar-te aqui, agora que já não queres.
Olhei-te com tanto sangue que me esvaí a teus pés e ao teu desprezo.
Liberta-me do chão onde me deixaste entranhar. És tu a culpa e o sol que me acordam de manhã.
it doesn't matter if we all die.
A vida às vezes é filha da puta, mas essa tal puta, coitada, com tantos rebentos por esse mundo fora, não tem a culpa da vida que eles escolheram.
2 comentários:
E há uns dias em que morremos mais do que outros nesta busca contínua de algo ou de tudo. Mas as rédeas da vida sempre são nossas. De cada um...
Grande frase, "dias filhos da p*ta" ;)
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