O que seria dos grandes pensadores, poetas e artistas do século XX se vivessem, como nós, num tempo em que não se pode fumar onde se quer?
Penso que a tão conhecida metonímia "cigarro pensativo" seria pobremente substituída por um café pensativo ou até, para os mais saudáveizinhos, por um néctar de manga laranja pensativo.
Alguém já pensou no bem que o esfumaçar cigarros faz à mente humana? Que enegreçam os pulmões, p'lo bem do intelecto!
Penso que a tão conhecida metonímia "cigarro pensativo" seria pobremente substituída por um café pensativo ou até, para os mais saudáveizinhos, por um néctar de manga laranja pensativo.
Alguém já pensou no bem que o esfumaçar cigarros faz à mente humana? Que enegreçam os pulmões, p'lo bem do intelecto!
6 comentários:
Eu penso com maior lucidez e qualidade, depois de ter deixado de fumar. Até porque o fumo queima os neuróneos... Ainda assim prefiro a expressão «um pensativo café» deixando de lado «o pensativo cigarro». :) *
O radicalismo anti-fumadores é que não é benéfico. Está-se mesmo a ver que o que menos preocupa os mentores desta lei é a saúde dos cidadãos, sendo as multas chorudas aos bares e restaurantes muito mais aliciantes. Quando essa fonte secar, pode-se sempre inventar um novo imposto para amortizar a diminuição de fumadores que paguem o do tabaco.
E contra mim falo, porque não sou fumadora.
Aparte leis anti-tabaco e quezílias entre fumadores e não-fumadores, a minha modesta opinião é que um cigarro ajuda a pensar. A inspiração do fumo, o senti-lo cá dentro, e principalmente a sua expulsão lenta e contemplativa é como um simples movimento de inspiração/expiração exponencialmente mais complexo e analítico. Não sei se me faço entender, talvez não, mas a esta hora é o melhor que se arranja.
Prefiro trabalhar sentindo o cheiro de café acabado de fazer (que não bebo) do que com o cheiro do cigarro (que não fumo) que me entope as narinas, ma faz tossir, me tira o apetite e me obriga a escrever a vermelho. Depois de quase uma vida a trabalhar num ambiente de fumadores confesso preferir mil vezes um ambiente livre de fumo dos cigarros, cigarrilhas, charutos e afins.
Penso que é óbvio que um ambiente livre de fumo é bem mais respirável, não há como discordar. no entanto, o que tento realçar com este meu post é que raros são os pensadores, poetas ou artistas da minha galeria privada, que não me venham à lembrança com um qualquer dispositivo esfumaçante ao canto da boca ;) talvez seja coincidência, ou não.
Sim Rosa, percebo perfeitamente o que queres dizer... Até porque como fumador que fui, fumei muitos pensativos cigarros, mas eles na verdade não acalentam, não dão saúde e hoje em dia a noção do cigarro não é a mesma de há umas décadas atrás. O conceito está a mudar, embora concorde contigo que o tabaco sempre esteve inerente aos pensadores e escritores. No entanto os tempos são de mudança, como dizia o singer/songwriter Bob Dylan: «The times they are a changin'». Não tardará verás bons pensadores e escritores num futuro próximo, que têm como vício mais atrevido um copo de leite pelas 2 da manhã. :) Beijos
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