8.5.08

naïf

Segredo-te algumas palavras volatéis ao ouvido e encosto-me ao parapeito da janela a contemplar a tua resposta muda. As maçãs do teu rosto coram apesar da tua vontade. Doce. O sol de agosto aquece-nos as mãos, a claridade do dia semicerra-nos a visão, confere-te uma aura inesperada. Gosto das tardes ociosas e lânguidas, debruçados sobre a vida que temos juntos, sobre o futuro que desenhamos a giz na madeira dos bancos. Segredas-me o teu silêncio e libertas uma gargalhada cristalina. Que todos os dias fossem assim. Prometes? Prometo por tudo o que existe. Tudo, tudo? Tudo vezes mil vezes infinito.

O amor é ingenuidade. O conhecimento e a experiência são as duas irmãs malévolas que obrigam a cinderela a lavar-lhes os pés gordos e mal feitos.
Foto: daqui

3 comentários:

Anónimo disse...

O amor, sempre o amor, esse magano que nos faz querer agarrar a vida a cada segundo como se fosse o último antes do fim.

scaramouche disse...

parabéns pelo blog.

scaramouche.

Maria del Sol disse...

É doce um amor assim, de memória curta e horizontes amplos, cheio de projectos. Feliz de quem o tem. :)