Aproveito esta minha recente aventura na blogosfera para lançar um repto: onde estão os bonequinhos que nos cantavam uma música de embalar a seguir ao telejornal? O ursinho teddy, o vitinho, os patinhos, até a mascote do continente enjeitou qualquer coisa nesse sentido... Todos perdidos. Já não querem pôr os putos a dormir! Juro que, no meu tempo, resultava. Assim que começava a ouvir aquela musiquinha uma sonolência começava a apoderar-se das minhas pálpebras e já via o Boa noite e Até manhã dos papás do Vitinho com um olhito só. Aquilo é que era manipulação televisiva desinteressada! O facto de o inocente menino de chapéu de palha ser a imagem da Milupa, era pura coincidência!... Pronto, sabemos que não era, mas isso agora não interessa nada, eu, por exemplo nunca troquei o meu Nestum de mel pelo Milupa!
Bom, mas isto para dizer que há uns tempos, nem sequer sei se ainda se mantém, vi a Floribella aos pulos e saltos e gritos e flores e tudo, como só ela sabe, a querer fazer qualquer coisa como o Vitinho fez há uns bons 20 anos. Fiquei chocada! E julgo que também o Vitinho (que entretanto deverá ter crescido e agora é o Sô Vítor, contabilista de renome e consta que sofredor crónico de insónias) deverá resmungar umas obscenidades ao testemunhar tal ofensa. Como é que a rapariga quer pôr alguém a dormir? A meu ver, não estão, de modo nenhum, reunidas as condições mínimas. Aquela agitação toda, como se tivesse um vibrador com pilhas duracell entalado algures, aqueles olhos muito abertos e aquele sotaque do Puorto (carago!) mesmo à peixeira do Bulhon, tudo aquilo põe-me nervosa, credo! Só apetece é dar-lhe uma droga qualquer, por favor acalma-te miúda! Ora o que é que a Sic pensou, vamos pôr a Floribella a cantar umas canções para pôr os putos a dormir! Hã?? Os miúdos vão para a cama com aquela informação toda de cores e flores e gritos e fadinhas e bruxinhas e o raio que a parta... Caros amigos, os pobres meninos, no mínimo, adquirem precocemente o síndrome das pernas inquietas.
Caros senhores que mandam na Sic e na Floribella e na programação em geral: há que voltar à receita antiga. Esqueçam a miúda eléctrica! E os super megas hipers rifixes e coisas demais! Nada como um ambiente calmo, uma voz suave a cantarolar uma melodia de embalar, sem grande alarido, sem grandes mensagens, só mesmo tipo tá na hora de ir para a cama, o dia foi longo, 'bora lá. Confesso mesmo, se vale de alguma coisa, que aquele Boa Noite e Até Amanhã sussurrados pelos pais do Vitinho antes de fechar a porta, ainda hoje me acompanham quando o sono não vem logo. Tenho dito.